domingo, 30 de novembro de 2014

No more bullshit even from me!!

Não me tenho sentado para escrever isto por dois motivos que invento para mim mesma para fingir que não sei o motivo.

Digo para mim “ah, falta de tempo, atenção, preguiça etc..” 
Isto é treta e não aceito treta dos outros por isso chega de me dar autorização para “bullshit myself”!

     
A realidade é que não escrevi porque tenho medo da força que algo dito, admitido, escrito tem. Assim que admitimos realmente uma noção de pensamento ou ideia, ela ganha força e vida. As pessoas ainda não se mentalizaram que o que sentem, pensam e dizem tem mais força do que podem algum dia imaginar. A inexistência é nada. Já a consciencialização mesmo que mental ou emocional de algo dá-lhe vida e um fogo que consome forte e rápido.

O que não quero admitir é que me sinto perdida. Sinto-me ansiosa, tensa, nervosa. Com medo de um futuro que me foge e corre e obriga-me a correr atrás sem saber bem se é esse o trajecto que quero e o que será o melhor para mim. Leva-me a sentir medo e indecisão do que faço. Será que a próxima curva é um muro e vou-me espatifar de tal maneira que a ultima coisa que vou sentir é que estava melhor parada? Ou será que poderão aparecer uns calhaus e até sou capaz de tropeçar e tal, mas que vai compensar porque mais a frente a estrada melhora e o melhor do meu futuro esta no fim deste carreiro?
 
 
Sou muito indecisa. Tenho como a pior das minhas características a indecisão e o medo que o “não saber” e “não controlar” me trás.
Tenho igual pavor dos resultados dos meus “sins” como dos meus “nãos” , e pior fico quando tenho tempo de sobra para sofrer por antecipação.
Já tentei psico-enganar-me mas não funciona. Por mais que tente, são receios e defeitos enraizados muito fundo.

E aqui estou. A inventar o que posso para colocar a frente do sentimento que me tolda: receio das consequências das minhas escolhas e do desconhecido que dai advêm.
Segunda começo num novo trabalho aonde vou ganhar uma miséria. É razoavelmente mais perto de casa do que qualquer outro que tive ate hoje, mas acabarei quase por perder o mesmo tempo em transportes devido a lentidão e desencontro dos mesmos. Não tem estabilidade, não sei se me vou ambientar e neste instante não sei se todo este sentimento amedrontado vem da confortabilidade que estar em casa nos provoca ou se é um alerta de que tomo rumo a uma decisão que me vai trazer prejuízo e não lucro.

Mas sigo. Acho que sigo. Sigo e preferia que não houvesse tempo para sofrer e sufocar com duvidas e antecipação. Mas tenho.


E por isso aqui estou a inventar.. 

Sei que o facto de me ter desiludido com muitas pessoas recentemente... ter descoberto que tenho muitas pessoas ingratas e sanguessugas que aceitam bem o receber apenas.. deixou-me de olhos bem abertos, mas acumulou neste novelo emocional. 


E acho que era isso que tinha que dizer e pronto. 
Porque se não aceito tretas de ninguém, não as vou aceitar de mim mesma!

     

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